a lua veio banhar-se numa noite cálida
A prata que escorria em seus cabelos
eram imagens perfumadas de outras eras;
vibrantes flores aquáticas circulavam
em ondas de luzes cintilantes...
e monocórdios grilos embalavam sons
no silêncio da noite estrelada.
Não tão longe, uma estrada sinuosa trazia
procissão de gente antiga...de outros jeitos
e modos e que cantavam e dançavam aos
sons de risos...
Gaitas de foles acompanhavam alegres
a festa que passava, ancorada em
outro espaço e tempo vibrando pela
noite adentro.
Passaram por mim sem me notarem e
não sabiam que seus risos eram transpostos
pela aliança entre o espaço e o tempo que viviam
mas chegando até a mim na noite cálida...
Depois foram sumindo pela névoa do caminho,
seus risos e seus cantos se esvaindo
em outra realidade.
Fiquei sozinha à beira do lago
observando as flores prateadas...
Guaraciaba Perides
* texto poético adaptado em outro contexto de uma experiência vivenciada e
relatada por CARL JUNG em seu livro Memórias Sonhos e Reflexões
Quadro de Monet
música celta de gaitas e violinos
Um texto poético bem reflexivo Guaraciaba!
ResponderExcluirLindo.
Bjs-Carmen Lúcia.
Oi, Carmen...foi um relato que li num livro de uma experiência vivenciada por Jung que literalmente viu uma cena do passado passar por sua janela como se o passado e o presente
ResponderExcluirtivessem se encontrado numa dobra do tempo.
achei fantástico!
Criei um cenário novo dando forma de poesia.
Um abraço
Uma linda homenagem poética para um livro que como você mesma disse - enquanto discutíamos essa postagem - "mudou minha leitura de mundo em muitos aspectos",
ResponderExcluir“Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou.” (JUNG)
Beijos
isa
Aliás, o nome do Blog é significativo desta influência ^_^
ResponderExcluire isso mesmo isabel...gostei tanto desse livro que emprestei para muitas pessoas ...da primeira vez ele levou sete anos para voltar (rs).
ExcluirUm abraço~de mãe
OI GUARACIABA!
ResponderExcluirTALENTO TE SOBRA, POIS, DAR UMA ROUPAGEM NOVA E POÉTICA AO QUE JÁ ESTÁ PRONTO E É LINDO, POUCOS SABEM FAZÊ-LO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Oi, Ziilani, obrigada...eu gostei tanto do fato narrado, mas contá-lo não me achei capaz de fazê-lo com conteúdo apresentado pelo autor...então coloquei o fato num novo cenário em forma de poesia.
ResponderExcluirum abraço
Ótimo domingo!!!!!!!!! Beijos
ResponderExcluirObrigada Gigi... Feliz Semana!
ExcluirUm abraço
Ficar sozinha na beira do lago, vendo as flores prateada.
ResponderExcluirUm privilégio.
Não estou na beira de um lago, mas estou lendo a tua poesia.
Também um privilégio.
abraço
Lola
obrigada Lola pela gentileza do comentário. Um abraço e muita luz no seu caminho!
ExcluirOlá Guaraciaba.
ResponderExcluirGostei desta sua postagem, a começar pelo belo poema,
do qual gostei muito, passando por Monet e depois
pelas gaitas do vídeo. Parabéns.
Um abraço.
Pedro
Oi, Pedro, obrigada...gostei muito de me lembrar e recriar em outro contexto essa experiência de Jung e a música celta foi um achado.
ResponderExcluirUm abraço
Querida amiga sempre que venho aqui saio
ResponderExcluircheia de paz e luz,pq suas postagens faz
um bem pra vida ,pra alma elogios sempre
E aproveito para te convidar para
uma brincadeira, no meu Blog, vai gostar
espero vc
Abraços com carinho!
└──●► *Rita!!
Oi, Rita, um abraço e obrigada.
ResponderExcluirBom dia amiga querida!
ResponderExcluirQuantas realidades, quantos mundos possíveis em nosso inconsciente...criamos o tempo todo, vamos e voltamos do passado e do futuro, e para nossa mente, são mundos bem reais, a ponto de um pensamento ter o poder de nos alterar o humor e trazer emoções esquecidas. Talvez seja esse o mundo espiritual, onde viajamos com a velocidade da luz, e onde não há passado, presente ou futuro, só a eternidade...
Um abraço com carinho!
oi, Ghost e Bindi, estava ansiosa pelo seu comentário... a volta da procissão antiga foi vista e relatada por Jung.Ele estava em sua casa de campo quando ouviu dentro do
Excluirsilêncio da noite risos, vozes e música...Abriu a janela e viu pessoas "antigas" passando pela estrada como se em algum momento pudesse realmente ter acontecido e desdo
brado para o futuro. Não me lembro da explicação psicológica que ele deu...talvez de memória do inconsciente coletivo...mas a imagem ficou tão forte na minha imaginação que resolvi criar para ela uma poesia de outro contexto.
Um abraço