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terça-feira, 29 de março de 2022

QUANDO VIBRA O CORAÇÃO...

 Quando    vibra    o  coração  nas  cordas   da  viola...

No  aconchego  do  seu  lar

sente  o  sentimento  bom  que  ainda  evola

No  pensamento  de  que  há  esperança  ainda

 E  enquanto  houver  amor  resiste  a  vida

às  tempestades  do mal  que  age  na  sombra

e  então    o  ódio  como  fumo  se  desfaz...

Quando  o  canto  que  acompanha  as  cordas  da  viola,

a  lua  lá  no  céu  iluminada

transpõe  o  espaço  e  vem  olhar  pela  janela

Você,  então,  sorri...fita  as  estrelas,

o  coração  bate  mais  forte  e a  vida  se  revela

Inspira  o  ar  que  a  brisa  perfumada  

 vem  docemente    soprar  em  seus  cabelos...

Tudo  é  possível ,  quando  há  vida

Tudo  é  possível,  quando  existe  amor

Tudo  é  possível,    enquanto  ainda  vibra

o  coração  nas  cordas  da  viola.


Guaraciaba  Lopes  Perides


Ricardo  Teixeira    "Um  violeiro  toca"

.

segunda-feira, 21 de março de 2022

A POESIA QUE NÃO VEM...

Gostaria  de  falar  de  Amor

De  sonhos   de  Felicidade

- A   Poesia   que  não  vem...

 A  Poesia  que  se  cala

escorre  pelo  rosto  e  em   máscara  se  instala.

Gostaria  de  falar  da  Primavera

que  sempre  afasta o  gelo  ao  sol 

que  a  fortalece

-  A  Poesia  que  não  vem ...

De  olhos  bem  abertos , a  boca  que  se  fecha.

Não  há  como  dizer  o  indizível

O  Espanto  é  mudo  para  o  Mundo  e

os  Homens  enlouquecem...

-  A  Poesia  que  se  cala

Pensei  possível  ser  o  brilho  das  estrelas,

perfumes  de  jasmim  e  sentimentos  puros  

de  amores  esquecidos

Mas  qual  o  quê!

-A   Poesia  que  não  vem,  a  Poesia  que  se  cala...

Pode-se  até  pensar  que  tudo  passa

e  que  a  Aurora  vai  brilhar  num  tempo  de  perdão,

que  os  sonhos  voltarão  crianças e  

que  nuvens  brilharão  num  transparente  céu 

radiante...Mas  qual  o  quê!

Sobre  os  escombros  do  futuro  ultrajado

não  vem  a  Poesia  e  ela  se  cala...

Quem  sabe  a  Poesia  ainda  tenha  voz....e  se

voltaram  as  flores,  quem  sabe,  as  Sombras

se  desfaçam

e  voltem  liquefeitas   em  lama 

ao  pó  da  qual  vieram...

Por  ora,  o  desamor  transborda.

-Não  vem  a  Poesia e  então

ela  se  cala.


Guaraciaba   Lopes  Perides

sexta-feira, 11 de março de 2022

Who? (poema de Charles Causley) cantado por Jim Causley)



Who  is  that  child   I  see   wandering, wandering
Down  by  the  side  of  quiveringstream?
Why  does  he  seem  not  to  hear, though  I  call  to  him?
Where  does  he  come  and   what  is  his  name?

Why,  do  I  see him  at   sunrise  and    sunset
Taking,  in  old  fashioned  clothes ,  the   same  track?
Why,  when  he  walks ,  does  he  cast  not  a  shadow
Though  the  sun  rises  and and  falls at  his  back?

Why  does  the   dust  lie  so  thick  on  the  hedgerow
By  the  great  field   where  a  horse  pulls  the  plough?
Why  do  I  see  only  meadows,  where  houses
Stand  in  a  line  by  riverside  now?

Why  does  he  move  like  a  wraith  by  the  water,
Soft  as   the  thistledown  on  the  breeze   blown?
When  I  draw  near  him  so   that  I  may  hear  him,
why  does  he  say  that  his  name is  my  own?


Tradução  sugerida  por  Guaraciaba

Quem  é  a  criança  que  eu  vejo  vagando,  vagando
lá  embaixo   ao  lado  do  riacho  agitado?

Por  que  ele  parece  não  me  escutar  quando  eu chamo  por  ele?
De  onde  ele  vem  e  qual  é  o  seu  nome?

Por  que  eu  o  vejo  ao nascer  e  ao  por  do  sol
Vestindo  roupas  antigas  pela  mesma  trilha?
Por  que  quando  ele  caminha ele  não  deixa  sombra
Quando o  sol  nasce  e  se  põe  às  suas  costas?

Por  que  o  pó   cai  tão  pesado  sobre  a  sebe
Quando  pelo  enorme  campo  um  cavalo  puxa  o  arado
Por  que  eu  vejo  somente  prados, onde  casas
se  estendem  agora  alinhadas  pelas margens?

Por  que  ele  se  move  como  um  fantasma pela  água
Leve  como  uma  pluma soprada  pela  brisa?
Quando  dele  me  aproximo para  poder  escutá-lo
Por  que  ele  diz  que  o  seu nome  é  o  meu  próprio  nome?





onde o  passado e  o  presente  se  misturam...  mas  sempre  na  memória  do  tempo!


domingo, 6 de março de 2022

PASSOU UM COMETA POR AQUI!







 Obra  de  Van  Gogh   " Céu  Estrelado



A  Lua  viu ?

-  Fez  que  não  viu...e  intacta  e  pálida

continuou  costurando  sua  luz  prateada  pelo  céu.

Viram  os  Homens?

- Fizeram  um  alvoroço...mas  como  são  superficiais

logo  se  esqueceram.

(  Os   Homens  são  assim...só  olham  o  próprio  umbigo)

Passou  um  cometa  por  aqui!!

- Não  vi  porque  choveu e   a  Lua  se  escondeu.

SÓ  OS  POETAS   "PÁLIDOS  DE  ESPANTO"

EM  CONSONÂNCIA  COM  OS  AMANTES   DAS  ESTRELAS,

IMPORTARAM-SE  E  FIZERAM  UMA  CANÇÃO.

Guaraciaba  Lopes  Perides


VÓRTICES DO MEDO


E  tudo  na  história  se  repete e  no

infinito  do  tempo,  apenas  chuva  e  vento.

No  festival  de  horrores  as  rodas  do  destino

põe-se  em  movimento.

A   humanidade  queda à espera  do  vir-a-ser  ...será.

O  que  se  perde,  o  que  se  ganha... ?

Não  há  reis,  nem  rainhas,  nem  torres,  nem  castelos,

nem  bispos,  nem  cavalos,  nem  peões...

Nada  a  ganhar... somente  o  nada!

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Poetas  e  Sonhadores  criem  com  seus  versos  e  seus  sonhos

um  Mundo  Novo!

Crianças  transformem-se  em   Heróis  de  um  Novo  Tempo!

Alquimistas  formulem  mágicas  poções  que  nos  transformem

em  humanos  minimamente  fiéis  aos  dons  divinos.!

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Que  os  famigerados  retornem  à  escuridão  do   tempo!

Que  o  sol  se  abra  em  luz  radiante  para  a  paz!

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Façamos  pois,    no  grande  Círculo  Místico  da  Fé 

a  Oração  do  Tempo

Para  que  as   Rodas  do  Destino  não  voltem  para  trás os

vórtices  do  Medo.


Guaraciaba  Lopes  Perides