Escorre como areia
entre os dedos.
Num círculo de luz
mais uma lua
Mais um périplo do sol
no Universo
Mais um suspiro de amor
entre os amantes
Mais um passo na estrada
e no caminho.
Mais um sonho que se esvai
e que se perde
Mais um minuto no
calor da noite
Mais uma estrela cadente
risca o céu
Mais uma gota de orvalho
cristaliza.
Uma flor que prenuncia
a primavera
Um lendário pavor circunda
o sono
Uma chama que se expande
brilha forte
Até que em carvão se esmoreça.
Uma ruga que aparece
em seu rosto
Um sorriso entristecido
na lembrança
Uma tênue esperança
de um momento
Ser aquele que se espera
toda vida.
Ver a vida para trás
e para frente
Estender-se como conto
bem descrito
Onde a paz é o que se quer
e o que se pede
Ficar feliz quando o amor
é bem servido.
Ver os filhos florescerem
e darem frutos
Ver os rebentos da videira
como cachos
Experimentar o sumo doce
do vinhedo
Saboreando a fina flor do tempo
que escorre como areia
entre os dedos.
Guaraciaba Perides
Hier encore com Charles Aznavour
Flor de cerejeira imagem retirada da internet
Que poema enternecedor Guaraciaba!
ResponderExcluirQue o tempo nos traga essa fina flor com o sabor do amor.
bjs e uma ótima semana.
Carmen Lúcia.
Uma descrição dos fatos que escorrem na linha do tempo feita com extrema percepção e ternura. O resultado ficou encantador, Guaraciaba. Adorei.♥bjs
ResponderExcluirOi, Carmen..."o tempo não pára" e de repente nos damos conta disso...por isso é bom aproveitar o bom da vida.
ResponderExcluirUm abraço e Feliz Semana
Um poema belíssimo, Guaraciaba, escrito com inspiração,num ritmo tal,
ResponderExcluirque leva o leitor ansioso de um verso a outro para descobrir o que você
iria dizer no verso seguinte.
Parabéns, minha amiga.
Abraços.
Pedro.
Oi, Pedro , obrigada pelo comentário, mas o que mais o que mais admiro na passagem do tempo é perceber o quanto nos é importante cada momento vivido e como flui diáfano e vai compondo uma história.
ResponderExcluirUm abraço