Os limites do real
são tênues e difusos
onde a fronteira do sonho
onde a travessia do acaso.
Um dia...um gato
O ar se rarefaz
O palco se ilumina
Os sons que se revelam
O circo que alucina.
Um dia...um gato.
Pessoas que circulam
nas cores do desejo,
dos sonhos que inspiram,
do amor, da cólera e do medo.
E tudo que se trama
e tudo que corrói,
na mira do olhar
a verdade que destrói.
Um dia...um gato.
Os fatos são na trama
Os fios do destino,
amarram-se e se cruzam,
as cores se misturam,
transmutam-se e confudem.
e tudo se revela
no toque de um sino.
Vai o circo em sua estrada
E a magia já não é mais nada.
Um dia...um gato.
Guaraciaba Perides (2012)
Gosto muito de a ler, Guaraciaba. Há em si, aparentemente com receio de se mostrar, uma sabedoria tranquila filtrada numa grande dose de lucidez.
ResponderExcluirQue a vida lhe sorria sempre, minha amiga!
Abraço
Seu poema descritivo, nos prende...incrivelmente!
ResponderExcluirQuando se assiste ao vídeo, fica fácil e encantador entender.
Fascinante! Obrigada, não conhecia. Um forte abraço!
encantei-me com o filme na minha juventude.Ele realmente é maravilhoso! Pode ser visto através de muitos olhares além do poético, existencial e psicológico mas também político no desenrolar da trama..Tornei a vê-lo recentemente e da mesma forma me encantou, acrescentando-se às lembranças do passado..Que bom que você gostou.Um abraço
ExcluirNão só gostei como o "salvei". Até porque, adoro gatos, meu filho está concluindo o curso de Medicina Veterinária, com a esposa, e os dois estão se especializando nesses encantadores felinos (retiram muitos da rua, tratam e poem para adoção.Já adotei duas gatas.
ResponderExcluirRespondi ao seu comentário sobre a "guidinha do poço", lá na cadeirinha.
Obrigada, um abraço!