Saudades do que não vivi ...
que memória ancestral trago no peito
que de repente dói, meio sem jeito,
como se tivesse deixado para trás,
pessoas, sonhos e lugares
dos quais me esqueço sem saber porquê
em que lugares do caminho permanecem
que horas do passado construí,
tantas vivências que se evolam
em aparências de fantasias, nada mais ...
nada mais ? como ser, se esta verdade
se reveste de tanta realidade, que já não sei
se o que vivo é sonho ou sonho a vida
que algum lugar vivi
ou será, que como flores nascemos,
nos desfazemos e renascemos, sempre
com o mesmo perfume e o mesmo
empenho natural de ser, na essência
atemporal que faz vibrar de cada vez
em algum lugar,
como flores eternas do mesmo jardim.
Guaraciaba Perides (2001)
Nenhum comentário:
Postar um comentário