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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A TRANSCENDÊNCIA DA ROSA

Para   falar  de rosas  lembrei-me  de  Ricardo    Reis    (heterônimo  de Fernando  Pessoa )



Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.

Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.

Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,

Se cada ano com a Primavera
As folhas aparecem
E com o Outono cessam?

E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?

Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.

 ..............em  que  momento  se  faz a  transcendência  na  sua  forma perfeita  sendo  a  Rosa  o  fractal dos  místicos  e  dos anjos?

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