No tempo dos Mandarins
os poetas desenhavam
flores de nanquim;
em seus poemas de leves contornos,
nas flores de cada palavra,
a síntese de um sonho
em que o amor é mais forte
do que ser apenas sonho...
O pessegueiro lança suas flores ao vento
e as cerejeiras se deslumbram em cores,
as luzes das peônias fazem a festa;
no breve traço de nanquim ....
a doce camélia em seu perfume exala
doce paixão de uma emoção singela...
As mãos do artista com seu pincel de afetos
descobrem as maravilhosas danças em
seus reais encantos.
O poeta com seu pintar suave, faz da palavra
a história dessas flores ...e assim na simbiose de
um jardim de afetos...é o artista que cria e recria
o amor em pétalas macias, na arte do nanquim.
os elegantes traços dançam em seus contornos
os pares de um bailado, quiçá uma ciranda...
Era assim nos tempos dos Mandarins.
Guaraciaba Lopes Perides
pessegueiro em flor
cerejeira e suas flores
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