No tempo de ser
No tempo de estar
No tempo de viver
No tempo de escutar
No grande circuito que concorre à vida,
assim como a roda que canta quando
pega a estrada.
o tempo corre entre as paralelas
e na manada de bois que ela encaminha.
"o meu carro não canta mais" cantava o bardo indolente;
olhando pela janela, admirava a serraria,
galinhas ciscando o milho e o gavião
em voo altaneiro...a vida naquele segundo.
Na madrugada estival, o boi amassando o barro...
"o meu carro não canta mais" repete o som da melodia.
O menino olha o cafezal, os brotos nas floradas que
cobrem as folhas macias,
que aparecem como nuvens da nevoada tardia...
Tempo de ser
de estar
de viver
de escutar...
O sol entra pela janela...
O menino com olhos do Tempo admira
a boiada passado pela estrada.
Um condutor leva o gado
na rota de seu destino.
A vida agora apenas um menino.
Na mansidão do Tempo correndo
pelas boiadas da vida...
Guaraciaba Lopes Perides.
"Houve aquele tempo" na mansidão da carreata no silêncio da boiada, na vida que flui pela estrada,
no canto do galo, na flor da manhã , na memória e na saudade das antigas histórias. .
Esse tempo de que fala é o tempo de todos nós.
ResponderExcluirBoa semana.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Obrigada pelo comentário. Um abraço
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