Dizia-se quando nasci, que havia um tesouro ali,
debaixo de uma figueira, escondido à sete chaves.
A figueira era frondosa e sua idade perdera-se
no tempo;
mas quando era de época, dava seus frutos tão
doces que a todos alimentavam.
À sombra dessa figueira sonhavam-se castelos e
reis...e princesas de outras eras...
Cavalos e cavaleiros lançavam-se em liças
pelos véus da Bem Amada!
Quimeras em sonhos de Primaveras!
Em volta dessa figueira todos sonhavam ser um dia
o dono desse tesouro,
que se achava tão bem guardado.
Mas como alcançá-lo diziam,
se estava em solo profundo, enlaçado pelas raízes,
que foram ficando tão longas ,de tal forma entrelaçadas,
formando um valo profundo, onde decerto o tesouro
por força fora enredado!
As crianças faziam ciranda, brincando ao seu redor,
cantando canções que vinham de longe...
que vinham além do Além-Mar.
O tesouro estava ali! Era só saber como encontrá-lo.
Os tempos foram passando em seus ciclos alternados
Os pássaros brincavam em seus ramos e lá faziam
seus ninhos...os pequenos que chegavam logo que
podiam voar...voavam!
As crianças cresciam e tornavam-se pessoas sem
sonhos e conjecturas...e tratavam bem cedo de ir
viver a vida,
Plantavam, colhiam, casavam, procriavam e morriam...
A figueira lá permanecia firme e forte,
oferecendo ao seu tempo, os seus frutos macios.
Em volta de ilha havia o mar bravio...
Mas quando alguns barcos atracavam, seus marujos
descreviam maravilhas de outras terras, novidades
sem limites de exóticos paladares...
Mas do tesouro escondido ninguém sabia.
No mais profundo da terra, o tesouro bem guardado,
esperava que um dia chegasse o tempo de que
seu segredo, fosse por fim decifrado...
Não era ouro nem prata, esmeraldas ou diamantes
Sempre estivera ali, por dentro de toda gente,
de todos os seres viventes...
correndo por suas veias, pelos seus veios profundos!
E ninguém se dera conta de que o Tesouro era
a Vida... tão certa nos entremeios...
Manifesta por toda parte
como os frutos da Figueira.
Guaraciaba Perides
nem ouro , nem prata, nem esmeraldas ou diamantes
Manifesta por toda a parte como os frutos da Figueira
Que beleza, Guaraciaba! A vida é mesmo um tesouro e o buscamos ,na maioria das vezes, sem perceber que o temos em nós. Um círculo cheio de possibilidades, de beleza, de riqueza... que só termina quando ela chega ao fim. Linda semana para você! Bjs.
ResponderExcluirObrigada Marilene pelo comentário...quando numa situação limite que o mundo está vivendo estamos correndo atrás de uma possibilidade de salvarmos o que temos de mais precioso. Um abraço com saúde, amor e paz...
ResponderExcluirSocióloga / Poetisa, Guaraciaba Perides !
ResponderExcluirQue hisória poética, Amiga !
Contada com a tua habilidade, potencializa uma
incrível curiosidade do imaginário.
Parabéns e uma feliz semana, com um fraternal
abraço !
Sinval.
Obrigada Sinval... nestes tempos que vivemos fica evidente o valor que devemos dar à vida, nosso bem maior...sem ela ficariam inertes todas as "riquezas" do mundo.
ExcluirUm abraço
Olá, Guaraciaba, gostei muito desse seu belo poema escrito com delicadeza e sabedoria. Um poema para a nossa reflexão sobre a importância da vida.
ResponderExcluirParabéns! Desejo a você uma boa semana com os cuidados com a saúde.
Um abraço.
Obrigada Pedro pela presença sempre tão amiga.
ResponderExcluirUm abraço e muita saúde e paz !
Boa noite minha querida amiga Guaraciaba. Parabéns pelo seu texto maravilhoso. Bom final de semana.
ResponderExcluirOi, Luiz, obrigada pela presença e pelo comentário.
ResponderExcluirUm abraço
Guaraciaba, muito gratos se devem sentir os seus ex-alunos por terem tido tão grande mestra.
ResponderExcluirGostei, deveras.
Um grande abraço :)
oi, A.C....interessante ! só um professor reconhece outro.Foi exatamente essa a minha intenção.Construir uma fábula para crianças para que elas pudessem reconhecer a importância da vida e sua integração na energia vital que unem todos os seres vivos.
ExcluirObrigada pelo comentário.
Um abraço
Feliz de quem pôde contar a história para lá de tantas gerações.
ResponderExcluirAbraço.
Juvenal Nunes
Obrigada pelo comentário... as fábulas são assim porque contam verdades eternas. As vezes se perdem no tempo , mas aquelas que perduram possui um substrato capaz de serem entendidas mesmo que a sociedade mude e seus valores passem a ser enganosos
ResponderExcluirUm abraço e obrigada novamente.