Amigos
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
MEU AMIGO DUQUE
Tinha um certo ar de nobreza, é certo.
Valentia, honrosa presença e voz tonitroante.
o seu brado assustava e todos fugiam
quando ele se mostrava em furor...
Meu amigo Duque não precisava de lanças,
nem de elmos ou armaduras...
e derretia-se todo nas mãos de sua Dama.
Gostava de sus apelos e, embora, fosse severo,
pode-se dizer que um afago,
quase lhe fazia sorrir.
As aias lhe davam banho,
secavam sua loura cabeleira.
e ele , a contento, retribuía seus carinhos.
Meu amigo Duque era um sujeito esperto...
comia bem o maroto.
Mas, o que ele mais gostava era refestelar-se
à sombra...depois de um lauto banquete.
Era o senhor do seu Castelo e não havia estranhos
que lhe pisassem a sombra.
Quando a Dama estava em prantos,
lá vinha o Duque...discreto, colocava-se
ao seu lado,
fitava-a com olhos doces até que sua senhora
saindo de seus pesares e
em sua ternura infinda saía com ele aos campos
que lá de cima do outeiro,
faziam vivas ao mar...
Saudades do meu nobre guerreiro!
Que , por acaso, era um cão...
Guaraciaba Perides
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Bem criativo. Parabéns, amiga. ♥Adorei o suspense criado até chegar na revelação.
ResponderExcluirBeijos. Ótimo final de semana pra você/
Oi, Rosa...não é um belo Duque ? o engraçado é que eu pensei que estava tão óbvio...depois percebi que na verdade era um sedutor (rs)
ExcluirUm abraço
Querida Socióloga/Poetisa, Guaraciaba Peerides !
ResponderExcluirEsses animais... ah, quanta saudade nos trazem !
Belo texto, repleto de ternura.
Parabéns !
Uma feliz semana, com o meu fraternal abraço.
Sinval.
Oi Sinval, obrigada pelo comentário. O Duque em questão é na verdade uma síntese dos cachorros que passaram pela minha vida, cada um com sua qualidade, o bravo, o guerreiro, o amigo, o amoroso, o fiel, o "boa gente"...etc.
ExcluirUm abraço