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sábado, 10 de março de 2012

No tempo das delicadas margaridas *

Cansado professor, entrado em anos
à sala  adentrou para ensinar
a um grupo de meninas buliçosas
-Mais uma aula e tantas ainda a dar!

Olhando as meninas delicadas
com blusas brancas e sorrisos puros,
o velho professor em alumbramento
pensou ver margaridas num jardim...

Fez-lhe pensar no tempo, tão fugaz!
Entristeceu-se ver quão breve é o brilho
da juventude das meninas margaridas...

mas foi só um momento e
logo o professor voltou ao velho jeito
e brincando com si mesmo,
diz à meninas: - abram os cadernos!
Vou ensinar-lhes o verbo ser...
Mas em latim!

* singela homenagem ao querido professor de História (Professor Eduardo Vilhena de  Moraes)
que costumava me chamar de Margaridinha


Guaraciaba Perides (2010)

5 comentários:

  1. Há professores, que a gente nunca esquece, como foi para você, o Vilhena de Morais. Imagino, quão cativante ele foi, chamando-a de Margaridinha!
    Homenagear assim, com esse lindo poema, é uma justa retribuição de carinho, ao Mestre.

    É muito bom recordar esses singelos momentos de infância, ou juventude.

    Um abraço, Guaraciaba,
    da Lúcia

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  2. Bom dia amiga!
    Linda homenagem!
    Obrigada pela sua linda presença lá no meu cantinho!
    tenha um lindo dia!
    abraço amigo!
    Maria Alice

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  3. Este professor Eduardo Vilhena de Morais foi o professor do maior gênio e comunicador de rádio brasileiro chamado HÉLIO RIBEIRO.
    Num dos programas ao vivo "O Poder da Mensagem" Hélio Ribeiro disse que o professor dele este Eduardo Vilhena de Morais falou um dia: "Tudo o que é espontâneo comunica mais e é mais verdadeiro até com as falhas naturais de tudo que é feito de improviso". Falou o mestre HÉLIO RIBEIRO no seu programa de rádio.

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