Com um balde de areia fina
emborcado na areia branca
construo um castelo.
com a pressão dos meus dedos
abro portas e janelas.
construo acessos e torres,
um fosso em torno,
uma ponte,
e sonho ver a donzela...
Em cima do torreão
levanto um mastro garboso
com palito de sorvete
colado a um papel de bala.
E de longe vem chegando
um cavaleiro andante,
que no caso, sou eu mesmo,
para salvar a bela
do malvado que a mantém
presa no seu castelo...
O meu cavalo invisível
serve bem ao meu propósito
de atacar sem aviso prévio.
Um cabo de guarda sol,
é minha lança de ponta,
com ela ataco o malvado,
ponho a moça na garupa,
dou um chute no castelo.
derrubo ao chão a bandeira,
sigo feliz com a donzela...
Afinal, sou eu , o herói,
construtor desta novela...
Guaraciaba Perides (2010)
Muito bem vão as coisas (a infância é assim!) quando somos heróis nos nossos sonhos...
ResponderExcluirBem construído, Guaraciaba!
Beijo :)
Que lindo! Temos que manter viva a crianca que existe em nós. Obrigada.
ResponderExcluirDeixo um carinhoso abraco e votos de uma semana muito feliz!