procurando meu caminho
foi num tempo, de sem tempo
no tempo do nunca mais ...
em uma praia deserta
contei com meus companheiros
em volta do fogo ancestral
foi num tempo, de sem tempo,
no tempo de nunca mais ...
em noite de lua cheia
troquei um dedo de prosa
com um velho que tudo sabia
mas que de nada indagava
somente olhava e sorria
foi num tempo, do sem tempo
no tempo do nunca mais ...
vi alvoradas no mar,
vi por-do-sol no Ocidente,
vi cometa radiante,
vi brilho de estrela guia
foi no tempo, do sem tempo,
no tempo do nunca mais ...
rodopiei pelo espaço
como um "sufi" delirante
cavalguei pelo deserto
e em tempestade de areia
persegui caminho incerto
foi no tempo, do sem tempo,
no tempo do nunca mais ...
como um cigano na vida,
resolvi passar os dias
na busca de um caminho
que fosse daquele tempo,
que um dia eu conheci
correndo de pés desnudos
pés afundando na praia
sangue correndo nas veias
coração batendo forte
nada de vida ou de morte
somente a doce alegria
da existência em contraponto
ao tempo do nunca mais ...
Guaraciaba (2010)
Agradeço por estar entre as folhagens...Obrigada!
ResponderExcluirBjks doce em teu ♥,Andreza.