O pensamento de granito
Nada flui, não há leveza
ou sentimento.
Contraditórios loucos sonhos
fazem do cavalo o seu senhor.
Se fosse um andarilho...
Se fosse um equilibrista...
Traria guarda- sóis de girassóis.
Tangentes e plangentes
perfídias se avizinham
do torpe bailarino
faz de conta...
Seu riso força a entrada do destino
Alienados e sutis são os
fios do mambembe...
No circo flutuante , em águas turvas
que se condensam em torvelinhos...
O palco está armado
As feras abrem as bocas...mostram os dentes.
Um sol perdido escondido atrás do tempo-
outras histórias em tudo tão iguais.
Agita-se a platéia...em grupos desunidos,
batem palmas e vaias em uníssonos...
A graça que se perde, o sonho que se esvai.
Os sábios que se calam
fecham os olhos.
O homem do trombone solta o som,
os pratos ressoam estridentes,
o bumbo ressoa em tom severo...
E enquanto o tempo passa
a Banda toca...
Sempre a mesma música
e o mesmo tom.
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E vem de outros tempos
Outras falas...
Conceitos abstratos
do ' Vosmecê ' encantado
dos Senhorios e Patrões
Guaraciaba Perides
Obra de Portinari (fragmento de Guerra e Paz)