Amigos

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

AMÁLGAMA *(letras lusófonas)

Letras:  NA GRANDE  CASA  BRANCA
POEMA:  JOSÉ  EDUARDO  AGUALUSA
MÚSICA: JOÃO  AFONSO

Na  grande  casa  branca  eu  vivi  e   fui
feliz  pra  sempre
Tudo  persiste idêntico e perpétuo
é a mesma ainda  a  luz
crepuscular
dos quartos.

Quieto  momento

E nas largas  varandas abertas
sobre  o mar
É o mesmo  ainda  o  perfume
do  vento

Em algum  lado a  casa  há de estar
Eu é  que já não estou
Em  algum  lado a  casa há  de  estar
eu  que sou  as  ruínas  dela.

Quieto  momento

A  casa  está  vazia
ninguém   lá  mora
salvo  aranhas  e  capins
vê  lá  bem
A  casa  perdeu-se  de nós
Todavia
nunca  ela foi  tão  nossa
como  agora.

PORTUGAL  e ÁFRICA






CASINHA  BRANCA...(VOCÊ  VAI   GOSTAR)
LETRA: ELPÍDIO  DOS  SANTOS
CANÇÃO  : SÉRGIO  REIS
BRASIL


Fiz uma casinha  branca lá  no  pé  da  serra
Fica  perto  da  barranca  do  Rio  Paraná
O  lugar  é  uma  beleza
Eu tenho  certeza  você  vai  gostar
Fiz  uma  capela, bem  do lado  da  janela
pra nós dois  rezar
Quando  for dia de   festa
Você  veste o  seu  vestido  de  algodão
Quebro o meu  chapéu  na testa
Para  arrematar as  coisas  do  leilão
Satisfeito vou  levar  você
de braço  dado  atrás  da  procissão
Vou  com  meu  terno  riscado
Uma flor  do  lado  e meu chapéu  na mão.

A     CANÇÃO  : CASINHA  BRANCA
Canta  Sérgio Reis












*  Amálgama...fusão de componentes culturais... uma mesma base e identidades próprias...mas numa se reconhecem as outras.

Em  todas  a melancolia  da  saudade.

5 comentários:

  1. Oi Guaraciaba fico encantada e admirada com o seu conhecimento, sua inteligência e capacidade.
    A primeira canção realmente é como um reflexo das memórias que falamos na sua postagem
    anterior.
    Carregados de poesia gostei desses versos:

    "Na grande casa branca eu vivi e fui
    feliz pra sempre
    Tudo persiste idêntico e perpétuo
    é a mesma ainda a luz
    crepuscular
    dos quartos".

    E desses também:
    "Em algum lado a casa há de estar
    Eu é que já não estou
    Em algum lado a casa há de estar
    eu que sou as ruínas dela".
    Na verdade gostei de tudo Letra e Música.
    A segunda canção na interpretação do Sergio Reis, eu já conhecia e aprecio muito também.
    Realmente você fechou com chave de ouro, toda essa minha saudade. Obrigada pela atenção e carinho.Um abraço.

    ResponderExcluir
  2. Oi, Lourdinha...que bom que você gostou... a partir do seu testemunho imediatamente lembrei da música que o canta o João Afonso principalmente pelo teor da lembrança e por causa do último verso "ela nunca foi tão nossa como agora"...agora ela existe para sempre como memória de alma.
    A música do Sergio Reis é um encanto de lembrança do Brasil mais verdadeiro...lembra raízes portuguesas mas de um cotidiano rural só nosso e maravilhoso.
    Obrigada adoro seus comentários.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  3. Obrigada Guaraciaba. Seu conhecimento é fantástico.Para você que é uma mestra no assunto, a Música deve ser como as Árvores (poetizando aqui um pouco). E você conhece suas raízes, suas folhas e a extensão de seus galhos, pois sabe onde tudo começa e até onde se propaga. Assim eu vejo. Um abraço

    ResponderExcluir
  4. Boa noite, Guaraciaba!
    Gostei muito desses dois vídeos de tua postagem. As duas músicas são ótimas, tanto a primeira (que eu não conhecia), como a segunda com o Sérgio Reis. E como fica bom a gente ouvir a música e poder acompanhar as respectivas letras (poemas).
    Ótimo final de semana.
    Um abraço.
    Pedro


    ResponderExcluir
  5. Obrigada, Pedro Luso...de fato , quando a gente acompanha um trabalho com letra e música uma enriquece a outra e ganhamos nós com o sentimento.
    Um abraço

    ResponderExcluir